A noite de segunda-feira (27/06), fica marcada pela parceria realizada entre o Instituto Paulo Fonteles e a produção do filme João Batista o Combatente do Povo. O deputado Batista, como era conhecido, foi o único parlamentar assassinado no Brasil, após o fim do governo militar. Atuou na reconstrução da União Nacional dos Estudantes, integrando a comissão nacional que organizou o Congresso de reconstrução da UNE, em 1979, em Salvador. Antes, porém, liderou a primeira greve de estudantes no Pará após as mobilizações de 1968. Como Advogado e Parlamentar dedicou-se inteiramente às questões agrárias e fundiárias.

Pedro Batista, irmão e idealizador do projeto relatou para o grupo de sua satisfação e alegria de ter o espaço do IPF/DH para abrigar e captar as atenções devidas para a importante iniciativa da produção do filme.

“O IPF/DH simboliza um instrumento que nós precisamos justamente por ser um ponto de encontro, um espaço com essa envergadura é um brinde às inspirações revolucionárias”. Disse Pedro Batista.

O grupo está responsável pelo planejamento e execução de um show para contribuir com a captação de recursos do filme. A atração nacional está sendo discutida com os empresários de Geraldo Azevedo e Chico César e tem data programada para 02/12/2016. O Portal Paulo Fonteles de Direitos Humanos aproveita para divulgar o site de financiamento coletivo  para que todos possam ser co-autores deste importante projeto de educação pela memória.

 

Militância se organiza para financiar filme sobre João Batista, deputado assassinado pela UDR no Pará

batista+2[1]

O Filme de longa metragem documentário, João Batista, o Combatente do Povo, baseado no livro: João Batista, mártir da luta pela reforma agrária, de Pedro César Batista, trata da vida do deputado João Carlos Batista, assassinado em 6 de dezembro de 1988, e de inúmeras lideranças de trabalhadores rurais assassinadas ao longo da década de 1980, todos mortos devido sua atuação na luta pela reforma agrária, analisará ainda, as causas da concentração fundiária e da impunidade de mandantes e assassinos de crimes contra os trabalhadores rurais e seus defensores existentes no país.

Um pouco sobre João Batista

O deputado Batista, como era conhecido, foi o único parlamentar assassinado no Brasil, após o fim do governo militar. Atuou na reconstrução da União Nacional dos Estudantes, integrando a comissão nacional que organizou o Congresso de reconstrução da UNE, em 1979, em Salvador. Antes, porém, liderou a primeira greve de estudantes no Pará após as mobilizações de 1968. Como Advogado e Parlamentar dedicou-se inteiramente às questões agrárias e fundiárias. João Batista, mártir da luta pela reforma agrária faz uma análise sobre a questão no país, tendo como ponto inicial a saída da família do deputado do interior de São Paulo para a Amazônia em busca de terras, seguindo a propaganda dos militares, após 1964, que incentivaram a ocupação das terras do norte, com o slogan: “ocupar para não entregar”. O autor aponta a sua visão sobre as causas que levaram a concentração fundiária no país, mostra a ligação de autoridades com latifundiários, assegurando a impunidade dos que praticaram a violência contra colonos e seus defensores. O livro traz ainda a história de muitas lideranças que foram assassinadas entre 1965 e 2007, ano que a obra foi concluída.

Batista, antes de ser assassinado, sofreu três atentados. No primeiro sido acertado o seu pai, Nestor Batista, no segundo, ele e mais dois companheiros Ezequias e Nilton, ficaram internados na UTI por vários dias. No terceiro atentado, os pistoleiros o atacaram durante a manifestação de 1º de maio de 1987, em Paragominas, tendo ocorrido um tiroteio e um pistoleiro foi justiçado pelo povo. Dois colonos foram baleados. Na quarta tentativa, o assassinaram na frente da esposa e dos filhos.

Informações para o financiamento coletivo: https://www.catarse.me/pt/joaobatistaofilme

Fonte: João Batista, O Combatente do Povo

http://joaobatistaofilme.com.br/sobre-joao-batista

Foto da Reunião no IPF-DH: Angelina Anjos.