CABANAGEM: 182 ANOS DE UM SONHO QUE RESISTE
Por Edmilson Rodrigues
Por ocasião do 22º ano de fundação do Exército Zapatista de Liberación Nacional do México, que em novembro passado completou 33 anos de existência, seus dirigentes, inspirados no sonho e abnegação de Emiliano Zapata Salazar (herói nacional desse país irmão, o mais importante líder da Revolução Mexicana que, em 1910 que venceu a ditadura comandada por Porfirio Díaz pró estadunidense) divulgou o texto abaixo que traduzi livremente:.
“Nós somos o Exército Zapatista de Libertação Nacional
Somos embora assim não nos chamem
Somos ainda que com o silêncio e calúnias nos esqueçam
Somos ainda que não nos olhem
Somos no passo, no caminho, na origem no destino
E no que somos vemos, olhamos e escutamos dores e sofrimentos
próximos e distantes em calendários e geografias
E olhamos antes, e olhamos agora
Uma noite sangrenta, que, se possível se estende sobre o mundo.”
Então, na semana em que a Revolução Cabana completou 182 anos de chegada do povo paraense ao poder de estado; quando, claramente se percebe o desprezo dos governantes e partidos políticos de direita por esse fato histórico tão relevante para jogá-lo na lama do esquecimento, parafraseando os zapatistas lembramos:
“Nós somos o povo Cabano e ainda sonha com a libertação nacional
Somos, ainda que o silêncio e as calúnias objetivem nosso esquecimento
Somos, ainda que não nos queiram ver
Somos, no passo, no caminho, na origem e no destino
E porque somos, vemos e escutamos dores e sofrimentos
próximos e distantes em calendários e geografias
E vemos o antes e o agora
uma noite sangrenta que encarna o mundo
E, por causa disso, desde nosso território
Olhamos o futuro possível justo, igualitário e liberto de todas as perversidades.”