A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (20) a Operação “Olho de Tandera”, que tem como objetivo investigar a gestão fraudulenta e desvios de recursos da Previdência em municípios do Marajó e do nordeste paraense. A estimativa inicial é que o esquema criminoso tenha causado prejuizos de R$ 24 milhões aos crofres municipais da região.
As investigações começaram com as suspeitas levantadas por Regimes Próprios de Previdência de municípios do Marajó. Após investigação, foram identificadas que gestões anteriores transferiram mais da metade dos recursos dos Institutos de Previdência para um grupo de empresas privadas de forma irregular, além de não conseguirem realizar o resgate desses valores.
O esquema fraudulento envolvia instituições financeiras de fachada, que funcionavam sem autorização de instituições reguladoras, para atuar com a gestão de recursos de terceiros, assim como no mercado de capitais. Segundo a PF, o prejuízo pode ser maior, pois é possível que outros Institutos de Previdência também tenham realizado aportes para o grupo empresarial criminoso.
Ao todo, cerca de 65 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva nos Estados do Pará, Amapá e Tocantins. Entre os crimes investigados, estão gestão temerária, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, apropriação indébita especial financeira, instituição financeira irregular, corrupção ativa e passiva.
O nome da Operação Olho de Tandera deriva da linguagem informal que significa “ver o mal além do alcance”.
(Com informações da PF)