Os analistas do Instituto Imazon utilizam um radar da Agência Espacial Europeia. Com a nova tecnologia, é possível identificar a destruição da mata mesmo com tempo nublado e até durante a noite.
Pesquisadores do Pará começaram a utilizar um novo sistema de monitoramento da Amazônia que detecta desmatamento mesmo com a cobertura de nuvens.
Os analistas do Instituto Imazon utilizam um radar da Agência Espacial Europeia. Com a nova tecnologia, é possível identificar a destruição da mata mesmo com tempo nublado e até durante a noite.
No mês passado, esse novo sistema de monitoramento registrou 184 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia. Sessenta e quatro porcento da destruição foram no Pará.
No mesmo período de 2016, a destruição foi de nove quilômetros quadrados.
“Em alguns meses chegava a 80%, 90% de cobertura de nuvens para a região, Então, isso praticamente inviabilizava o monitoramento do desmatamento”, destaca Antonio, pesquisador do Imazon.
Os pesquisadores dizem que essa nova tecnologia tem um alvo especifico: madeireiros que, tradicionalmente, costumam derrubar a mata os meses mais chuvosos do ano para escapar dos satélites. Mas o Imazon também faz um alerta: não basta ter um sistema moderno de monitoramento se não houver fiscalização.
“Essa nova informação que está sendo gerada com esses novos sensores ela só vai ter realmente uma efetividade no combate ao desmatamento se você tiver uma ação mais efetiva no campo para combater, para penalizar quem está infringindo a lei”, afirma o pesquisador.
A Secretaria de Meio Ambiente do estado informou que tem monitorado a situação e realizado ações que resultaram em diversas apreensões e no combate intensivo aos crimes ambientais.