Negociações encerraram por volta das 10h30, quando ocorreu a invasão tática na unidade prisional. O centro custodia 315 detentos, mas a capacidade é para 122.
A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou a fuga de 8 após rebelião no Centro de Recuperação Regional de Bragança (CRRB), nordeste do Pará, nesta segunda-feira (16). Sete detentos ficaram feridos e são atendidos na unidade prisional por uma equipe do SAMU, nenhuma morte foi registrada.
Em boletim enviado no fim da manhã, a Susipe informou que a rebelião foi controlada. Uma equipe da Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar foi deslocada até Bragança para ajudar nas negociações. A PM encerrou as negociações com os detentos por volta das 10h30, quando ocorreu a invasão tática na unidade prisional.
De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária, os presos se rebelaram devido a superlotação carcerária e demora das audiências com a Justiça. Atualmente, a unidade custodia 315 detentos, mas a capacidade é para 122.
Os detentos se rebelaram por volta das 06h15, durante a entrega do café da manhã, quando começaram a depredar parte das celas do bloco carcerário, além de queimar colchões e subir no telhado da unidade prisional. Um dos presos chegou a ser feito refém por outros detentos, mas foi liberado. Nenhum agente penitenciário foi tomado como refém.
Fugitivos
As buscas aos foragidos são realizadas por equipes da PM. Quem tiver qualquer informação pode fazer uma denúncia anônima pelo 181. O sigilo é garantido. Veja a relação oficial de foragidos:
- Alan Monteiro;
- Arlindo da Silva;
- Claúdio Robson Amorim;
- Elton Rodrigues da Silva;
- Luan Victor do Rosário Reis;
- Rafael Rodrigo Sousa da Silva;
- Renan Assunção Mendonça;
- Rodrigo da Silva Costa.
- Tentativa de fuga
Tentativa de fuga
No dia 10 de abril, 21 presos e um agente penitenciário morreram durante uma tentativa de fuga do Centro de Recuperação Penitenciária do Pará III (CRPP III), em Santa Izabel. Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feito em fevereiro deste ano alertou para o risco de “resgate realizado com apoio externo” no presídio. Em fevereiro, a unidade tinha 52% mais presos do que a capacidade: havia 660 detentos para 432 vagas.