O programa Batalha das Ideias, com o sociólogo e escritor Jessé Souza, abordou na TV 247 nesta semana as contradições da Operação Lava Jato, que age em parceria com o mercado financeiro e a mídia para omitir as reais vias de corrupção do País: enquanto o mercado financeiro rouba, a Globo mente.
Jessé reforça que a Lava Jato é o maior engodo da história do Brasil. “Montaram um esquema de corrupção seletivo e jogaram o Estado como bode expiatório. O que está acontecendo desde 2013 é um ataque do capitalismo financeiro internacional, que é o verdadeiro fator corrupto”, esclarece.
O professor ironiza dizendo que o capitalismo financeiro fez uma nova versão da frase de Marx. “Sonegadores de impostos de todo o mundo, uni-vos”. “O mercado financeiro é criminoso desde o começo, baseia-se na lavagem de dinheiro nos paraísos fiscais”, esclarece.
Jessé compara a realidade brasileira com a de outros países. “O Brasil tem um trilhão e 500 bilhões de dólares em sonegações do exterior, na Alemanha. Se você sonega vai direito pra cadeia, são verdadeiras bolhas fraudulentas”, denuncia.
O sociólogo explica as consequências nocivas da Lava Jato ao País. “Ocorreu a quebra da Petrobras, Odebrecht… ou seja, um milhão e meio de pessoas foram demitidas por conta da operação”.
“Podemos classificar a Lava Jato como instrumento do mercado financeiro americano para causar uma crise no Brasil com o discurso da moralização, além de personificar o estado de exceção imposto ao país”, elucida Jessé.
Ele esclarece os motivos da imprensa em omitir o real interesse do capital financeiro. “A mídia ganha com isso, existem várias parcerias e acordos escusos, por consequência, a Lava Jato protege que não existe nenhum esquema de corrupção dentro da empresa. Claro que após esse gesto, não é necessário que o poder público investigue a rede Globo”, ironiza Jessé, lembrando que a própria emissora fez uma investigação interna sobre as denúncias que envolviam a TV.
Fonte: Brasil 247, republicado em: http://www.vermelho.org.br/noticia/311234-1