Documento inclui reforma política popular, processo constituinte e democratização dos meios de comunicação
“Nenhum país será grande se não pensar grande. Nenhum país terá futuro melhor se não construí-lo no presente”. As palavras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluem o documento que apresenta as diretrizes do plano de governo petista para as eleições presidenciais de 2018, aprovadas por unanimidade pela Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores nesta sexta-feira (20).
O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, coordenador da programa de governo de Lula, apresentou o “Plano Lula de Governo 2018 – Brasil Feliz de Novo” na sede do partido, em São Paulo.
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Em maio deste ano, Haddad afirmou, após visita a Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que o ex-presidente pediu um plano de governo “ousado”. “Na minha primeira visita ao presidente Lula, encontrei uma pessoa extremamente disposta a discutir o país, que reafirma não só sua inocência, mas sua pretensão de governar o país, e que nos repassou uma série de diretrizes para a construção de seu plano de governo. Um plano de que ele reafirma que tem que ser ousado, falar com a esperança das pessoas, o futuro do país, na linha do que foram seus outros governos”, contou, à época.
Seguindo essa linha, o documento que norteará a produção do plano de governo definitivo de Lula indica propostas mais “radicais” que os planos de governo apresentados pelo PT nas eleições presidenciais de 2002, 2006, 2010 e 2014. Entre as medidas, constam a democratização dos meios de comunicação de massa, uma reforma política com participação popular, a convocação de um processo constituinte para rever mecanismos da Constituição Federal, a implantação da renda básica de cidadania e reformas do Poder Judiciário, do sistema tributário e do sistema bancário do país.
Além disso, o quinto eixo das diretrizes para o plano de governo aponta a necessidade de “iniciar a transição ecológica para a nova sociedade do século 21”, que inclui a democratização da terra, alimentação saudável e a proteção de bens naturais e da sociobiodiversidade.
Edição: Diego Sartorato