Com o calendário eleitoral afunilando, boa parte das legendas realizam suas convenções. Neste sábado (28), siglas do chamado centrão homologaram a decisão anunciada pelas executivas e formalizaram o apoio ao tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
O bloco é integrado pelas legendas DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, que durante o golpe se alinharam ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), deputado cassado, condenado e preso.
Com a presença do próprio Alckmin, o PTB de Roberto Jefferson conformou a aliança.
“Além da identidade nas reformas, nossa aliança é inspirada na cidadania e na responsabilidade com a coisa pública”, garantiu Jefferson.
O PSD, do ministro de Ciência e Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab, abriu mão de lançar candidato ao Planalto, tendo que convencer o empresário Guilherme Afif Domingos a desistir e aceitar a decisão da cúpula. O alinhamento da legenda é também baseado no apoio às reformas.
O Solidariedade também formalizou apoio a Alckmin. Apesar do apoio estar condicionado a rediscussão do importo sindical, para garantir a sobrevivência das entidades, a sigla manteve o apoio mesmo sem ter a confirmação do tucano. Alckmin chegou a defender a extinção do Ministério do Trabalho durante entrevista ao Roda Viva, o que dirá sobre o imposto sindical.
O tucana negou com veemência que a contribuição sindical será resgatada, o que irritou Paulinho da Força, principal liderança do SD, mas em seguida passou a declarar que uma alternativa ao fim da receita pode ser alcançada por meio de convenção coletiva de trabalhadores.
Sem vice
O apoio das legenda não conseguiu criar uma alternativa de vice para Alckmin. A recusa do empresário Josué Gomes, filho de José Alencar (1931-2011), ex-vice de Lula (PT), deixou o tucano sem alternativa, já que o empresário era consenso no centrão.