O PT conclama as forças democráticas do país a repudiar e denunciar a usurpação confessada pelo general Villas Bôas e a defender a democracia contra as ameaças de Bolsonaro. Não há limites para a tirania depois que ela se instala.
O general Villas Bôas em entrevista ao jornal Folha de São Paulo e mostrou uma pressão do setores do exercito para manter Lula preso, quando foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal.Será lula estava certo ao firmar que o supremo estava acovardado e com medo de um golpe militar?
A prisão de lula foi determinante para que Bolsonaro(PSL) se elege-se e basta lembrar dos argumentos que a turma do candidato do PSL usava para detratar Haddad (PT) como um pau mandado de um preso e condenado. Além disto, contribuiu para ajudar a narrativa de sua exclusão eleitoral pelo TSE, que obviamente não aceitou uma decisão da ONU. Vale lembrar que Lula foi censurado diversas vezes por aparecer no programa do PT e que se quer teve o direito ao voto.
Bolsonaro (PSL) se apresentou como o candidato anti sistema político, que todos sabem que esta imagem foi vital pra sua eleição. O outro candidato que disputava com ele este espaço político era Lula, mas exatamente por isso, foi retirado rapidamente do jogo eleitoral.
Esta ação para condenar Lula, descrita na entrevista, foi vital para a eleição de Bolsonaro (PSL). E claro que o general agora pretende dizer que o governo do futuro presidente não é do exercito, pois tem medo de queimar a imagem desta instituição, visto que tem tido muitas trapalhadas antes de assumir o poder.E para evitar o pior, o general Villas Bôas faz questão de lembrar que Bolsonaro (PSL) é mais político que militar.
Esta declaração só dá mais força a análise de que o PT não iria ganhar a eleição e que sua votação foi uma enorme vitoria, visto que lutou contra o exercito, os banqueiros, a mídia, o judiciário e os interesses norte americanos.
Trecho da entrevista do General Villas Bôas:
“Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula. Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática. Me lembro, a gente soltou [o post no Twitter] 20h20, no fim do Jornal Nacional, o William Bonner leu a nossa nota”, disse ele.
Veja a nota do PT sobre estas declarações:
Nota do Partido dos Trabalhadores de repúdio à tutela militar
Comissão Executiva Nacional do PT apontou a gravidade da usurpação confessada pelo general Villas Bôas para impedir que o STF conceda liberdade a Lula
É grave a entrevista do comandante do Exército, general Villas Bôas, na qual ele confessa ter interferido diretamente para impedir o Supremo Tribunal Federal de conceder habeas corpus ao ex-presidente Lula, em abril deste ano.
Ao afirmar que, a seu critério, a liberdade de Lulaseria motivo de “instabilidade”, o general confirma que a condenação do maior líder político do país foi uma operação política, com o objetivo de impedir que ele fosse eleito presidente da República.
Está demonstrado, agora, que não apenas o sistema judicial ligado a Sergio Moro, a Rede Globo e a grande mídia participaram dessa operação arbitrária e antidemocrática, mas também a cúpula das Forças Armadas.
O general Villas Bôas afirma querer “despolitizar” as Forças Armadas, mas sua confissão compromete os comandos militares com o golpe e demonstra que eles exercem de fato uma tutela inconstitucional sobre as instituições, jogando inclusive com a liberdade de um cidadão injustamente condenado.
A entrevista compromete a cúpula das Forças Armadas com a visão autoritária do processo político de Jair Bolsonaro, que faz graves ameaças à oposição, por meio de declarações e textos que circulam nas redes sociais.
O PT conclama as forças democráticas do país a repudiar e denunciar a usurpação confessada pelo general Villas Bôas e a defender a democracia contra as ameaças de Bolsonaro. Não há limites para a tirania depois que ela se instala.
Comissão Executiva Nacional do PT