Adriano Ferreira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC), faz um circuito internacional pela Europa para denunciar as violações dos direitos socais junto às diferentes entidades de defesa de direitos humanos de diversos países do continente.
Em Genebra, ele reuniu-se com o Alto Comissariado dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), de quem obteve o compromisso de fiscalizarem de perto as medidas do novo governo e, na oportunidade, foi entregue um manifesto proposto pela FIAN Brasil e assinado por 30 organização do campo que denuncia a volta da fome no Brasil.
Segundo Ferreira, a situação, que já vinha se agravando desde o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, tende a piorar drasticamente, conforme se pode inferir pelas declarações de Jair Bolsonaro, recém-eleito. Seu ministério, composto por pessoas despreparadas para exercer os cargos, amplia as políticas de austeridade econômica implementadas pelo presidente Temer, aprofundando a crise, com cortes no orçamento público e nas verbas destinadas aos programas socais.
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Diante deste quadro, o MTC estabeleceu um circuito internacional pela democracia e contra a volta fome no Brasil que, ao longo de 35 dias, faz um programa de encontros, debates e palestras em cidades da Holanda, Alemanha (Colônia, Frankfurt e Munique), Suíça (Zurique e Genebra), França e Itália, para alertar as organizações ligadas aos direitos fundamentais do ser humano, sobre os ataques à democracia no Brasil. Ele denuncia o aumento do desemprego, a desvalorização salário mínimo, a perda do poder aquisitivo e retrocessos na concepção do direito à alimentação, além da volta da fome, que hoje afeta mais de 2,5% da população brasileira.
Adriano Ferreira passou a quarta-feira, 28 de novembro, em Paris dialogando com grupos de resistência brasileiros com uma agenda de encontros com ativistas, líderes sindicais e de partidos políticos de esquerda da sociedade francesa.
(Fonte/Imagem: MTC)