As investigações do maior massacre no campo nos últimos 21 anos poderão ficar pela metade se o governo federal não renovar a permanência da equipe da Polícia Federal responsável pelo caso no Sul do Pará.
Após a morte de 10 trabalhadores rurais na cidade de Pau D’Arco, no dia 24 de maio, o Ministério da Justiça foi pressionado a destacar uma equipe da PF para ir à região investigar a chacina.
O trabalho do grupo, até o momento, já levou à prisão provisória de 13 policiais envolvidos.
Entretanto, o delegado responsável pela investigação sai hoje de férias por 10 dias e, até o momento, não há garantias de que ele continuará o trabalho.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos teme o impacto de sua saída porque há indícios de que o crime teve participação de latifundiários da região, que estariam financiando policiais militares e civis para realizarem execuções encomendadas.