Pela nova proposta de meta fiscal enviada ao Congresso, o déficit primário passará de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Mas o déficit nominal chegará a R$ 600 bilhões, diz o ex-ministro da Economia Maílson da Nóbrega em artigo no site da revista Veja.
“O déficit primário, antes de R$ 139 bilhões, vai ser de R$ 159 bilhões. Esse é o número que a mídia usa como “rombo” fiscal do governo, mas a situação é pior. O “rombo” chegará a cerca de R$ 600 bilhões, que é o déficit nominal”, diz ele.
“A situação fiscal (superávit ou déficit) se expressa por duas grandezas: o resultado primário e o resultado nominal. O primário exclui do cálculo os encargos financeiros da dívida pública (juros e comissões). O nominal inclui os encargos”, explica Maílson.
O economista explica que o déficit nominal é o que faz a dívida crescer. “Assim, a dívida pública, que era de R$ 4,3 trilhões em 2016 subirá pelo menos para R$ 4,9 trilhões em 2017, correspondente a 76% ou mais do PIB. O déficit nominal será de cerca de 9% do PIB”, diz. Para ele, “sem mudar a situação fiscal, portanto, o país não tem futuro”.
Fonte: Brasil 247