Para tentar alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Michel Temer vai injetar R$ 10 bilhões para a conclusão de obras. Mas o critério para receber o investimento é o voto em favor da reforma, ou seja, somente os redutos eleitorais de quem apoiar o governo.
É a forma que o governo encontrou para tentar compensar a rejeição popular que o parlamentar vai receber por votar com o governo numa reforma que aumenta o tempo de contribuição do trabalhador e reduz o valor da aposentadoria.
De acordo com matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, o dinheiro sairá da própria economia gerada em 2018 com a eventual aprovação das novas regras da Previdência em fevereiro. Nas contas feitas pela equipe econômica, se a reforma for aprovada, haverá um corte de benefícios da ordem de R$ 10 bilhões já em fevereiro deste ano.
Ainda segundo o jornal, o governo afirma que a demora em aprovar vai reduzir esse valor. Em março, ela cai para cerca de R$ 7 bilhões. Em abril, R$ 4 bilhões.
No entanto, o terrorismo do governo só evidencia que a sua reforma cria falsas “sobras” e que sua justificativa para fazer a mudança na Previdência para equilibrar as contas, pouco interfere
Segundo a Folha, terão prioridade os projetos em andamento que necessitam de pouco dinheiro para serem inaugurados ou entrarem na fase final. “Entre eles estão ajustes finais na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, na serra do Cafezal, obra praticamente concluída; a segunda fase da linha de transmissão de Belo Monte; a BR-163, no Pará, os aeroportos de Vitória (ES) e Macapá (AP) e a ponte do rio Guaíba (RS)”, destaca a reportagem.
Do Portal Vermelho, com informações da Folha, republicado em: http://www.vermelho.org.br/noticia/306295-1