Ato ecumênico reuniu lideranças religiosas em homanegans à Marielle Franco , em Belém. Cerca de 1500 pessoas se reúnem no Mercado de São Brás para exigir investigação das mortes dos ativistas. Por volta de 19h30, o grupo interditou a avenida José Bonifácio.
Cerca de 1500 pessoas, segundo estimativa da organização, estão reunidas nesta quinta-feira (15) no Mercado de São Brás, em Belém, no ato em homenagem à vereadora Marielle Franco (Psol), de 37 anos, morta a tiros na noite de quarta (14), no Rio de Janeiro. Por volta de 19h30, o grupo interditou a avenida José Bonifácio.
Com faixas e cartazes, os manifestantes se reuniram por volta das 17h, e exigem a investigação do crime, que também resultou na morte do motorista do veículo onde ela estava, Anderson Pedro Gomes. O ato lembrou também do assassinato de outro defensor dos direitos humanos, o líder quilombola e ambientalista Paulo Sérgio Almeida Nascimento, morto a tiros em Barcarena, nordeste do Pará, na última segunda-feira (12).
Houve um ato ecumênico, que reuniu lideranças do candomblé, Igreja Messiânica, luterana e católica. Entre palavras de ordem, os manifestantes lamentaram o assassinato da vereadora, mulher negra que militava em prol dos direitos humanos.
O ato marcou também protestos pelo assassinato de Paulo Sérgio Almeida Nascimento, de 47 anos, um dos líderes comunitários da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama). Ele foi morto a tiros na última segunda-feira (12), em Barcarena, nordeste do Pará. Há anos, Paulo denunciava os impactos sócio-ambientais provocados por grande empresas que atuam na região, como a emrpresa norueguesa Hydro, atualmente investigada pelo vazamento de rejeitos de minérios que contaminaram comunidades da região e o meio ambiente com chumbo, bauxita e soda cáustica.
Entre palavras de ordem, os manifetsantes lamentaram o assassinato da vereadora, mulher negra que militava em prol dos direitos humanos. Durante a manifestação, mulheres representantes de movimentos sociais feministas e em prol da igualdade racial fizeram discursos em solidariedade à vereadora morta.
Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral. Na Câmara, presidia a Comissão da Mulher e, no mês passado, foi nomeada relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal na segurança pública do Rio.
Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.
(Foto: Pedro Cruz/G1 PA)