O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), em entrevista ao jornal JCNET, divulgada nesta quarta-feira (16), ressaltou que a população brasileira não se sente representada pelo Congresso Nacional.
“O nosso Parlamento se assemelha ao europeu, a maioria dos deputados e senadores são brancos. Também há poucas mulheres, não chegam a 10%. Como a população vai se sentir representada dessa forma, não tem como”, relatou.
Para Orlando, que é pré-candidato a reeleição, o PCdoB tem uma bancada que reflete de forma mais realista a população brasileira. “Somos em dez deputados federais, sendo metade mulheres, e com negros, brancos, uma divisão mais semelhante ao que se vê na sociedade”.
O parlamentar criticou o governo ilegítimo de Michel Temer. “É um presidente que odeia os trabalhadores, retirou direitos”.
Orlando explicou que Manuela d’Ávila, propõe que, caso eleita, seja feito um plebiscito para revogar as medidas do atual governo, que só prejudicaram os trabalhadores brasileiros.
Eleições 2018
Orlando disse acreditar que os partidos de esquerda devem manter suas candidaturas próprias no primeiro turno e se unirem em torno de um único nome no segundo turno.
“Não há motivos para a gente abrir mão da pré-candidatura de Manuela d’Ávila. O primeiro turno é o momento em que o eleitor escolhe por opção. No segundo turno, você vota por exclusão. Acredito que partidos como o nosso, o PT, PDT e PSOL devem manter suas candidaturas, e se unirem em torno de um nome no segundo turno, pois um deles deve conseguir avançar, historicamente sempre houve um candidato da esquerda no segundo turno da disputa eleitoral de presidente no Brasil. Não acredito que o segundo turno ficará entre dois candidatos da direita ou de centro apenas”, enfatizou Orlando Silva.