É com profundo pesar que a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará, comunica o falecimento do conceituado Juiz de Direito e professor Elder Lisboa Ferreira da Costa, ocorrido nesta sexta-feira (20), em São Paulo.
Neste momento de dor e consternação, o presidente da OAB-PA, Alberto Campos, em nome do Conselho Seccional e de todos os advogados paraenses, lamenta imensamente a irreparável perda e expressa condolências e votos de solidariedade aos familiares e amigos do admirável magistrado, que sempre trabalhou com muito denodo e respeito à classe advocatícia e bastante dedicação ao ensino jurídico no Pará.
Atuante na defesa dos Direitos Humanos e grande parceiro da seccional paraense em vários momentos, sempre esteve disponível aos convites da Ordem para participar de palestras, encontros e debates com a advocacia.
Durante toda sua carreira, Elder Lisboa zelou por uma conduta exemplar e contribuiu decisamente para que a Justiça paraense fosse mais célere e eficiente. Paralelamente, utilizou toda sua capacidade intelectual e larga experiência internacional para atuar com afinco na vida acadêmica durante vários anos, formando gerações de operadores de Direito. Por tudo isso, nossa instituição acredita que seu legado será eterno.
Trajetória – O magistrado Elder Lisboa, 52 anos, que se formou em Direito em 1988, na UFPA, e ingressou no Judiciário em setembro de 1993, tinha vasta experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal e Direitos humanos. Era membro do Centro de Estudos da Mulher com Sede em Salamanca (Espanha) na qualidade de Investigador. Nesta universidade, fez pós-doutorado, enquanto que pela Universidade de Lisboa (Portugal), fez PHD em Ciências Jurídico Internacionais e Europeias. Era professor em ambas universidades.
Em Belém, era professor adjunto da Universidade Estácio (FAP), da Esamaz e da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará (TRE). Também era membro do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo e questões correlatas da cidade do Rio de Janeiro e foi um dos Relatores em Turim-Itália no Programa das Nações Unidas sobre o sistema carcerário, no Brasil e Itália, além de membro da Comissão de Direitos Humanos do TJPA.
Elder Lisboa também foi promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará (1991 a 1993). Foi autor de 15 livros, o último foi lançado no último dia 13 de junho: Escravidão no trabalho: Os pilares da OIT e o discurso Internacional. No último dia 17 de maio de 2018, havia se tornado membro da Academia Paraense de Letras, onde ocupou a cadeira número 12, que pertenceu a escritora Helena Tocantins e cujo patrono é o bispo D. Macedo Costa.
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FONTE: WhatsApp Juliana Fonteles