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Por Paulo Fonteles Filho.

A divisão das forças de esquerda em Belém pode engendrar algo ‘novo’ na disputa eleitoral da capital paraense: um segundo turno entre a direita de Zenaldo (PSDB) e o fascismo representado por Eder Mauro (PSD).

Alguém têm dúvida de que o atual prefeito – é apoiado pela força da máquina estadual e municipal – não irá ao segundo turno? Apesar da péssima gestão, estará na disputa na hora do vamos ver.

O algo ‘novo’ está no fato de que a esquerda poderá não estar o segundo turno, depois de 20 anos em disputas eleitorais em Belém. A catástrofe é que a terceira via – jargão usado para evidenciar novidade em política – pode ser o deputado da bala Eder Mauro, uma espécie de bolsonete comedor de maniçoba que, com a falência da política de segurança pública e alçado à fama por programas sensacionalistas foi o deputado mais votado do Pará em 2014.

No curso das últimas cinco eleições perdemos três e ganhamos duas, com Edmilson Rodrigues, reconhecidamente o melhor prefeito de manga city desde Antônio Lemos, período de ampla aliança dos setores populares, movimentos sociais e partidos de esquerda.

A fragmentação e a dispersão das correntes sociais avançadas, que lutam contra o golpe e que são portadoras da visão de uma Belém voltada para combater as desigualdades e o grande atraso em que se encontra é um prato cheio para os inimigos do povo, que veem a capital dos paraenses como negócio ou como uma espécie de Gothan City no tucupi.

O PT, PC do B e o PSOL têm a responsabilidade de buscar caminhos comuns, de diálogo e compreender que a unidade é o cimento da força popular.

Quem ousar fazer ‘testes’ ocupará o papel de auxiliar para que o fascismo cresça e dispute os destinos de Belém. E isso será vergonhoso!

Já pensaram num segundo turno entre Zenaldo e Eder Mauro?

#UnidadePopular

Charge de Paulo Emmanuel.