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Por Sezostrys Alves da Costa*

Nesta próxima sexta-feira (17) a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça irá realizar a 4ª Sessão de Julgamentos de processos de anistia, no Plenário do órgão na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília.

Na ocasião, o Presidente da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia – ATGA, Sezostrys Alves da Costa, estará presente e acompanhando o referido julgamento, que dentre os requerimentos da pauta, 10 (dez) deles são de camponeses que foram perseguidos durante a Guerrilha do Araguaia nos anos 70, na região Sul do Pará e Norte de Goiás (Tocantins).

É um momento importante, pois se renova as esperanças na continuidade daquilo que se conquistou ao longo de vários anos de lutas e buscando o reconhecimento do Estado Brasileiro de que perseguiu os camponeses do Araguaia, e com base na Lei 10.559/2002, pedir desculpas pelos atos de exceção cometidos contra estes brasileiros que tiveram suas vidas totalmente transformadas de forma brutal, por conta das mais variadas e cruéis formas de combates para aniquilamento das forças guerrilheiras, que foram impostas para derrotar os que insurgiram contra o Regime Militar de 64 a partir da luta do campo para a cidade.

Esperamos que estes sejam julgados e tenham resultados positivos, pois é muito difícil mensurar realidades diferentes naqueles anos, ao observar os danos materiais, psíquicos e morais sofridos por estes camponeses, que amargam até os dias atuais, as consequências das truculências que tiveram que sem nenhuma oportunidade, passar para que tivessem liberdade ao final do período de conflitos.

*Sezostrys Alves da Costa é Presidente da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia (ATGA).