O assassinato de sete pessoas de uma mesma família ocorreu em agosto de 2011. Os jurados consideram que o PM não teve envolvimento em nenhuma das mortes.
Um policial militar foi absolvido nesta segunda-feira (27) de envolvimento no crime que ficou conhecido como “Chacina de Santa Isabel”. O caso aconteceu em 27 de agosto de 2011 quando sete pessoas de uma mesma família foram assassinadas com tiros na cabeça por um suposto grupo de extermínio. Os jurados consideraram a negativa de autoria em relação a todas as vítimas, entre elas cinco crianças.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) alegava que o grupo de extermínio era liderado por policiais. O grupo invadiu a casa das vítimas pelos fundos, fortemente armados, trajando roupas pretas, capuzes e luvas.
De acordo com a Promotoria de Justiça, entre os cinco suspeitos, quatro recorreram às instâncias superiores da Justiça e tiveram processos separados. O promotor Edson Sousa afirmou que “todos os réus originalmente são executores, sem nenhum partícipe”, ou seja, segundo ele, “todos eles mataram e atiraram” contra as vítimas.
O primeiro a prestar depoimento foi o pai de três das setes vítimas. Ele afirmou ter recebido ligações de desconhecidos dizendo para ele tirar a família de casa no dia do crime. Em dezembro de 2015 a Justiça chegou a transferir o julgamento para Belém para garantir a segurança do júri.
Testemunhas de defesa alegaram que o réu estava de serviço no batalhão da Rotam, em Belém. O advogado de defesa do réu, Arnaldo Lopes de Paula, argumentou que a presença do policial no batalhão está registada em ata de serviço. A promotoria de Justiça não sustentou a acusação por falta de provas.