Celina dos Santos Chagas é acusada pelo MPF por crimes de estelionato e associação criminosa. A investigada convencia pessoas humildes a fornecer cópias de documentos para falsificações.
O Ministério Público Federal divulgou nesta quarta-feira (14) uma denúncia contra mulher acusada de fraudes à previdência no Pará e no Amapá. Celina dos Santos Chagas, 59 anos, foi presa e é alvo de investigações pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
O MPF informou que Celina convencia pessoas humildes a fornecer cópias de documentos pessoais e utilizava nomes, endereços e documentos falsos para pleitear os benefícios. As investigações, segundo o MPF, também constataram que a acusada conseguiu fraudar a previdência com pelo menos cinco identidades diferentes.
De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), Celina é mentora e executora do esquema arquitetado para obter benefícios de forma fraudulenta junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ainda segundo a PF, a organização criminosa recebeu, pelo menos, 16 benefícios de prestação continuada a pessoa idosa em sete agências nos dois estados.
Durante a operação Anagrama em novembro de 2017 no Pará, a PF apreendeu materiais utilizados para falsificação, documentos e cartões de bancos na casa de Celina. A participação de demais de envolvidos ainda está sendo apurada.
Na denúncia, o MPF pede a condenação pelo crime de estelionato, com pena prevista de 1 a 5 anos, além de multa. No entanto, segundo a denúncia, a pena pode ser aumentada em um terço por ter sido crime contra assistência social. Já para o crime de associação criminosa, a legislação estipula pena de 4 a 8 anos.