Sempre muito contundente, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apontou a indignação seletiva de alguns que prometem se mobilizar para pressionar o Supremo Tribunal Federal, que irá julgar o habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima quarta-feira (4).
Em sua página nas redes sociais, Flávio Dino, que é professor de Direito e juiz federal, salientou que ministros do Supremo já deram várias liminares sobre condenados em 2ª instância. “Nunca houve passeatas, protestos irados, farisaísmo. Nada”, apontou o governador.
“Aí fica estranho só fazerem quando o caso do ex-presidente Lula vai ser julgado”, completa.
Apesar de não citar nomes, certamente o governador Flávio Dino se referia a grupos da direita, como MBL e Vem Pra Rua, que convocam atos, além de parte de membros do Judiciário.
No domingo de Páscoa, o procurador da República Deltan Dallagnol usou as redes para dizer que estará em jejum no dia do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seguindo sua estratégia de lawfare – elegendo um inimigo e fazendo dele o alvo de acusações sem provas, sem materialidade, associada ao uso da imprensa que trata o assunto como se ele estivesse respaldado por provas – Dallagnol disse que o julgamento é o “dia D da luta contra a corrupção” e que, caso Lula não seja preso, “significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados”.