As atividades no Centro Cirúrgico do Hospital Universitário João de Barros Barreto, da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão paralisadas desde a última quinta-feira (20) por falta de materiais básicos de insumo.

O anúncio da crise foi feito por meio de um memorando interno (87/2018), encaminhado pela Gerência de Enfermagem de Apoio à Cirurgia para a Chefia do Serviço de Cirurgia do hospital.

Segundo o documento, “nos últimos meses, vimos trabalhando arduamente, incansavelmente e exaustivamente junto ao setor de suprimento, para que se tenha material básico de insumo necessário à garantia da realização do número mínimo de seis cirurgias diárias”.

Além da falta de materiais, outro problema apontado no documento é a redução na lavagem de panos estéreis usados para cobrir o paciente durante as cirurgias, além das dificuldades em relação à rouparia do hospital.

O documento ressalta que “a lavanderia do hospital está inativa e as roupas estão sendo processadas por empresa terceirizada, onde o contrato prevê atualmente um limite de 700 kg de roupa diariamente, fato este que acarreta a diminuição no número de cirurgias por conta do quantitativo reduzido de Lap Cirúrgico e demais rouparias dispensadas ao centro cirúrgico”.

O memorando destaca ainda, que “outra dificuldade impactante para a redução do número de cirurgias é o número reduzido de eletrodos ativos (caneta de bisturi) para uso nas eletrocirurgias”. Diante das dificuldades, o documento aponta que o hospital só fará “apenas cirurgias de pacientes com risco eminente de morte” e que também estão suspensas as “internações de pacientes para cirurgias eletivas”.

Em nota, o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), vinculado ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informa que, em razão de atraso na entrega de insumos hospitalares por parte dos fornecedores, houve interrupção na realização de algumas das cirurgias marcadas na instituição hospitalar na quinta-feira (20). A medida teve como objetivo preservar os atendimentos de urgência. A situação já foi regularizada e o atendimento aos pacientes foi retomado nesta sexta-feira (21).

(DOL)

FONTE: http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-541852-.html