O próximo sábado, 29 de setembro, será marcado por grandes atos, em todo o país, contra o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, e as posições fascistas e conservadoras defendidas por ele e seus apoiadores. Organizado a partir de uma ampla mobilização nas redes sociais, com a hashtag #EleNão, o dia nacional de lutas é uma resposta das mulheres à ameaça que representa o avanço das ideias defendidas pelo candidato da extrema-direita, atualmente deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Bolsonaro coleciona uma série de denúncias pelas declarações feitas nos últimos anos. Ele é bastante conhecido por pregar o ódio, o preconceito e a intolerância contra mulheres, negros, LGBTs, indígenas e quilombolas. As principais defesas do candidato são a liberação do porte de armas para toda a população, a volta da ditadura militar e o justiçamento (linchamento, morte e tortura) de pessoas condenadas por algum crime.

São vários os motivos para que a população, especialmente as mulheres, lute para derrotar o candidato nas urnas. Pelas ideias fascistas que ele defende, seus apoiadores também reproduzem a violência contra quem eles chamam de esquerdistas. Recentemente, um grupo organizado por mulheres no Facebook, que em poucos dias atingiu mais de 2,5 milhões de pessoas, foi atacado por apoiadores do candidato do PSL, inclusive com duas de suas organizadores sofrendo ameaças virtualmente.

Por esse episódio, a Coligação Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil, formada pelo PSOL e o PCB, e o candidato à Presidência República Guilherme Boulos protocolaram, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra o Jair Bolsonaro e o seu candidato a vice,  Antônio Mourão. Na peça, o partido pede que a Corregedoria Geral do TSE investigue a possível participação de integrantes da campanha de Bolsonaro e Mourão no ataque virtual ao grupo.

Mesmo com todas essas ameaças, as mulheres seguiram na resistência e, aos poucos, os atos foram sendo convocados em todo o país para o dia 29. São PauloRio de JaneiroBrasíliaBelo HorizonteSalvadorCuritibaFortalezaPorto AlegreFlorianópolisJoão PessoaCuiabá e várias outras capitais e cidades terão as suas ruas tomadas pelos gritos #EleNão #EleNunca.Também há protestos marcados em diversas cidades do exterior. Confira aqui a agenda de manifestações neste 29 de setembro.

A militância do PSOL se soma à organização do dia nacional de luta e participará dos atos em todo o país.

FONTE: https://www.psol50.org.br/ele-nao-mulheres-irao-as-ruas-neste-sabado-contra-bolsonaro-e-o-fascismo/