O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou em suas redes sociais nesta terça-feira (9) a declaração do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), que afirmou que falta “tato” e “experiência política” ao seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), em entrevista ao Jornal Nacional.

“Se ele [Bolsonaro] vencesse a eleição, não poderia sequer viajar a outros países, sob pena de entregar o Brasil a uma pessoa sem tato e experiência política”, destacou o governador.

“E se esse general, hipoteticamente sendo vice-presidente, se zanga e resolve inventar um golpe? Que perigo, meu Deus”, alertou Flávio Dino sobre o futuro do Brasil.

O general Hamilton Mourão é conhecido por suas declarações racistas, machistas, misóginas e contra os direitos dos trabalhadores.

Neste último sábado (6), Mourão desembarcou no aeroporto de Brasília. Após uma rápida entrevista, o general apontou para um adolescente que o esperava no saguão, acompanhando a comitiva familiar, e disparou: “Meu neto é um cara bonito, viu ali? Branqueamento da raça”.

Mourão já havia causado polêmica ao vincular o negro à malandragem e o índio à indolência, em palestra de campanha em Caxias do Sul (RS). Depois da repercussão negativa da fala, justificou-se dizendo que se autodeclarara índio no TSE.

No dia 26 de setembro, Mourão afirmou de que o 13º salário e o adicional de férias são “jabuticabas” que deveriam ser extintas. Sua declaração foi em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Outra declaração de Mourão que repercutiu bastante na imprensa, foi que famílias pobres “sem pai e vô, mas com mãe e avó” são “fábricas de desajustados” que fornecem mão de obra ao narcotráfico.